quarta-feira, agosto 17, 2011

Medo!... mas de uma garotinha?


Engraçado o vídeo, não? Eu ri bastante. O legal é o paradoxo, de se ter medo de algo tão inofensivo, já que de antemão aprendemos a ter medo dos perigos, qualidade muito útil para evitar os mesmos. Imagine seu gato correndo atrás de um Pit Bull por curiosidade, definitivamente o medo não nasceu atoa, mas é um evidente sinal da evolução da consciência na natureza.

Medo? Natural ou programado?

O medo é a dor física a nível psicológico. E quando tem-se inicio a evolução humana, dos caçadores e coletores à atualidade, o físico de certa forma torna-se mero recipiente da consciência. Assim, da mesma forma que é fundamental para adaptação de uma criança, intender sobre a dor e seu porquê, devemos intender o medo e seu porquê.
Retornando ao vídeo, é simples compreender sua origem, que evidentemente provem da nossa cultura de ver filmes de terror, com temas pesados (mas pouco desenvolvidos para além da mecânica da ação, digo quanto a qualquer reflexão do enredo apresentado). Não vou falar desse filme propriamente dito, nem mesmo promove-lo. O que importa é que aqui percebemos que o porquê desse medo é mais complexo do que sua origem, afinal: Por que ter medo de mera ficção? Bom talvez, a questão aqui seja a própria distinção da realidade (conceito aplicável mais amplamente), que por sua vez aciona erroneamente o já elogiado recurso do medo.
Há quem critique o medo e quem o tem. Particularmente eu tenho medo, sucintamente de duas coisas: a morte e a inconsciência (Zumbie Mode. Yeah!). Isso tenho ciência de estar totalmente refletido nas minhas posições ideológicas quanto a vida. Não vou desviar-me, mas rapidamente, a morte representa o fim da existência, morte física, a inconsciência representa o fim do questionamento, morte psicológica, sendo que separadamente a primeira provoca o fim de ambas (mortos não pensam) e a segunda tira a Rasion d'être (sem pensar, logo sentido, não se vive). Voltando.
Certo, assumimos que no fundo as pessoas tem medos de coisas que elas dizem não acreditar (e a certo nível não o devem), então não seria louco, quando digo que logo a primeira coisa que passa na minha cabeça é que provavelmente esse mesmo deficit de discernimento interfira em questões cruciais, como a veracidade da mídia? Cito a mídia, por metonímia a informação, já que hoje, feliz ou infelizmente, é de onde provem a ciência da realidade pela população.
Da mesma forma que vemos crimes no noticiário e imediatamente "olhamos para o lado" para averiguar o quanto ainda estamos seguros. Tomamos muita coisa como verdade, na sequencia assumimos seus respectivos medos, sem um tempo, tempo esse de questionamento e não de puro adiamento.
E no fim das contas, temos muitos medos e desses é provável que a grande maioria não se justifiquem pela realidade. O que posso dizer de medos, além de serem forças ajustadoras, nos ajustamos aos medos para evita-los, isso muda nossa vida e quem somos. Eu sou uma pessoa apoiadora da ideia de Martin Luther King Jr, da que não devemos estar ajustados quanto a uma sociedade decadente, concorda? Não parece lógico para quem não quer ser igualmente decadente, não possuir os mesmos medos dessa sociedade?
As linhas iniciais da masturbação mental de hoje já foram expostas, antes de deixa-los com a questão, uma ultima pergunta:

Você tem medo de mudar o mundo? Por quê?