quarta-feira, agosto 24, 2011

Inglaterra, colapso!

Darcus Howe, escritor, jornalista e ativista de direitos civis, sobre os tumultos nas ruas de Londres.  Após o incidente, onde o entrevistado acaba por ser gravemente ofendido pela âncora Fiona Armstrong, a emissora de televisão britânica BBC pediu desculpas oficialmente.

Muito soou aos nossos ouvidos, nos quatro cantos do planeta, sobre a onda desordem que tomou a Inglaterra.
Ultimamente é fácil deparar-se com noticias como está do site G1, relatando e condenando os acontecimentos, que espalham-se de forma espantosa. Da mesma forma que perolas vão sendo soltadas pelo governo inglês, que agora cogita a possibilidade de bloqueio a internet!
"Marginais, afim de roubar dos cidadãs, criam o caos. Isso é inaceitável, devemos tomar uma atitude, para exemplo futuro!" Síntese da opinião política/midiática. Mas, principalmente nesse ano de 2011 (ano revolucionário), cai-me como uma mordida nas bolas, esse discurso, já que o mais evidenciado no mesmo é o desvio da fundamental questão: "Porque da revolta? Seria possível haver motivos plausíveis?" Questões estas que não se respondem no jogo de poio ou não a violência.
Talvez, então haja razões para eu ir mais afundo em minha pesquisa. Por sinal, deparei com uma análise bem relevante, a quanto das opiniões e focos dados até o momento aos fatos, que também adiciona-me algumas informações.

No fim das contas, vejo uma ação que, embora tome métodos danosos, não é banal e nem mesmo pode ser jogada aos porcos, em afirmações toscas de quem procura razões para convencer o resto da sociedade de que o "danosos" realmente é dano público e não do establishment. Não posso chamar de onda de conscientização ou comparar aos movimentos de indignados que espalham-se pelo resto Europa. Prefiro usar a expressão "variável de uma reação".

Variáveis de uma reação

Uma reação social pode dar-se de muitas formas, temos vistos várias por sinal. No norte africano, sem duvida a mais intensa, talvez não a mais promissora a longo prazo, mas tudo ainda acontece. Temos exemplos como a Islândia, que de tão vital fora massivamente abafada pela mídia (ah se o mundo tivesse ouvido). Os já citados movimentos revolucionários na Europa, iniciados em maio na Espanha, chegando ao que vê-se na crise da Grécia, além da atual macha a Bruxelas. Não podemos esquecer do Chile (espero postar amanhã). Agora Inglaterra. E destas muitas formas, a pergunta é: Qual será que nos levará as tão desejadas mudanças?
Concluindo-me, no caminho entre revolta, ir atrás de mudanças, mudar de forma correta, haverá sim caos e o sistema atual não estará receptivo. Porém não será do caos que nascerá o novo mundo, mas sim da consciência. Sem duvida a questão da vez é:
Como transitar do ponto A para o B? E qual deverá ser esse B?


Minha vida não será ditada por esse breve momento.